sábado, 19 de fevereiro de 2011

Um pouco de história !

Vocês sabem como os imigrantes  alemães viviam e trabalhavam no Brasil ? Que tal aprender ?!

Trabalhavam na produção agrícola, mas ao lado do trabalho agrícola, os alemães também eram Handwerker, isto é, artesãos.
Trabalhavam a madeira, o ferro, o couro, as fibras.
Com seu trabalho, os artesãos formaram as bases da industrialização no Rio Grande. Não é para menos que o Vale do Sinos transformou-se numa extraordinária concentração industrial. Muitas grandes fábricas espalhadas pelas cidades de origem alemã começaram com um verdadeiro artesanato, em pequenas casinhas de porta e janela, onde tudo era feito à mão.

Na parte cultural merecem citação muito especial as escolas. Não as encontradas aqui, os colonos as criaram para ensinar as crianças a ler, escrever e fazer contas. Assim surgiram as escolas de comunidade, em alemão Gemeindeschule. Não havia picada, lá no fundo do mato, onde não funcionasse uma escolinha. As crianças vinham de longe, até de um raio de 4 ou 5 quilômetros. Algumas vinham a cavalo. O material de aula era simples: a lousa, em alemão Tafel; o lápis de pedra, em alemão Griffel, e mais tarde a cartilha, em alemão Lesebuch. Aumentadas em número a cada ano e espaços, essas escolas garantiram a luz das letras a milhares e milhares de pessoas. Por volta de 1938 eram mais de mil escolas coloniais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registra o menor número de analfabetos na “Colônia Alemã”.

Ainda na parte cultural, podemos dizer que os alemães têm um caráter muito associativo, isto é, gostam ou até precisam viver em grupos. O clima frio deve ter sua influência sobre tal comportamento. Já nos climas quentes as pessoas andam soltas, fora de casa, sem o aconchego da lareira. A intensa vida em família e os encontros nos locais de lazer, nos clubes, fez surgir grupos de música, de teatro, de canto. Assim o canto coral era tão intenso , a ponto de haver uma Federação de Coros, que é uma das grandes heranças alemãs. Não há vila de origem alemã onde não se canta em grupos masculinos, femininos ou mistos. No mínimo, nas comunidades religiosas há um pequeno coro que abrilhanta os cultos, acompanha enterros ou alegra as festas de igreja.

. Isolados nas colônias, sua vida só podia ser igual à que levaram em sua terra de origem. A língua alemã era sua língua, mas aos poucos aprenderam a português e acabaram por germanizar muitas palavras.

Dessa junção lingüística resultou um dialeto local, ou seja, uma mistura do dialeto Hunsrück, trazido pelos imigrantes renanos, com o português.

Trabalho, muito trabalho, de sol a sol, mãos calejadas, homens, mulheres e jovens tinham no domingo o dia especial de louvar e agradecer a Deus. Os cultos e as missas reuniam a todos. No fundo, isso constituía um grande encontro social, pois moravam afastados uns dos outros. Dessa necessidade de vida em sociedade e saudosos do lazer em sua terra natal, nasceram as sociedades que marcaram : Turnverein, Sociedade de Ginástica; Gesangverein, Sociedade de Canto; Schützenverein; Sociedade de Atiradores. Onde houver influência alemã, uma delas, quando não todas, são elementos importantes.

Escolas, sociedades, grupos de amparo mútuo, mais tarde hospitais, tudo mostra a maneira de viver em sociedade, isto é, associativamente, dos imigrantes e seus descendentes. Há ainda um outro aspecto marcante desse espírito.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090901173802AAqlPNd

Postado por: Katariny Steffani.

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